Positividade

Um copo com água pela metade está mais cheio ou mais vazio?

Nossa resposta diz mais sobre nós do que sobre o copo.

A questão sempre são nossas origens.

Se viermos de um local, de uma família onde havia poucas condições, qualquer coisa um pouco melhor do que tivemos irá nos satisfazer, e nos fazer ver o copo da vida mais cheio do que vazio.

Por outro lado se nossas referências, na família de origem, na infância, tivermos muita fartura, veremos o copo mais vazio, e aí está um problema muito grave, um ciclo de geração em geração, pois quem nunca ouviu, ou já disse, que quer poupar nossos filhos do sofrimento, ou dar tudo aos filhos que você não teve?

E o que isso realmente gera?
Uma visão distorcida, pois a criança cresce com tudo que os pais podem prover, por menos que seja, mas quando este se tornar adulto, será que ele vai conseguir manter os padrões dos pais?

Quantas histórias já ouvimos sobre filhos de ricos se tornando pobres?
Afinal tudo que fazermos ou deixamos de fazer ensinamos aos nossos filhos, o que priorizamos e o que ignoramos, e isso pode ser bom ou ruim, e até interpretado da forma oposta!

Mas também o quando admiramos pessoas que se dão bem na vida, até invejamos, mas porque? Será que foi apenas sorte? Oportunidades? Predisposição? Trabalho? Foco? Disciplina? Ou um pouco de tudo isso!

Desde sempre aprendemos a pedir.
As vezes pedimos tanto algo que se vira um clamor.
Clamar, pelo que você clama?
E as vezes clamamos tanto repetidas vezes que se torna uma reclamar, sim "re" no sentido de repetir, denovo, então reclamar, é clamar denovo, é mais que um pedido, é uma súplica desesperada de algo que a pessoa não aguenta mais.

Então a pergunta é:
Do que você reclama?
O que você não suporta mais?
Porque vive precisa tanto disso?

Mas ... Aí ... Vale pensar sobre o que reclamamos, pois se vemos o copo mais vazio do que cheio, se vemos a vida com menos alegria, felicidade, paz, dinheiro, amor do que esperamos, a questão talvez seja enteder:

O que você quer que mude?
Porque?
Como?
Você entende seu pedido?
Faz sentido?
Realmente é necessário?
É possível?

Será que não estamos tendo altas espectativas, do próximo, da vida, de forma que nunca serão satisfeitas, afinal, o que é frustração se não uma expectativa não cumprida!

Assim reclamamos por termos expectativas frustradas, sobre qualquer coisa.

Então o problema nunca está fora, e sim dentro, não nos outros, e sim em nossas expectativas, em como enxergamos, como medimos, nossos valores, nossas prioridades entrando em conflito com a realidade ao nosso redor, afinal cada pessoa tem uma história, um passado com traumas ou vitórias, derrotas e sucesso!

Quem nunca tentou jogar uma bola de basquete na cesta, com certeza nunca acertou, assim para ter acertos é necessário pelo menos tentar.

Infelizmente algumas pessoas estão mimadas com vitórias, e quando deixam de vencer, se sentem muito mal, pois perder não é aceito.

Por outro lado, há quem nunca venceu ainda e parou até de tentar, e por isso não vão sentir o gosto da vitória, e com o tempo isso virá um sentimento de derrotado, mas por quem? Somos muitas vezes derrotados por nós mesmos!

Pois onde estiver o seu tesouro, 
ali também estará o seu coração".
Lucas 12:34

O que há dentro de nós?
Qual são nossos valores?
O que há em nosso passado?
O que foi construido em nossos corações?
Quais nossos medos?
Quais nossos anseios?
Pelo que clamamos tanto ao pondo de reclamar?
Porque?
Para que?
Faz sentido?

Se pudéssemos medir, quantificar, numericamente nossas vidas, a dos nossos pais, como seriam esses números? Nossos avós 20, nossos pais 30, eu e você 40, nossos filhos serão 50? Onde vai parar isso? Quem disse que sempre vai crescer? Qual métrica é usada para medir e gerar os números? Bens materiais? Anos de casamento? Número de filhos? Número de brigas? Números de seguidores nas redes sociais? Saldo na conta? Número de curtidas? XP? Talvez nossos avós tenham sido mais felizes, mesmo com menos recursos que nos de hoje em dia, sufocados por tanta informação e tecnologia, afinal dizem que se você tem o básico, você vive, e se todos ali ai seu redor também tem, você vai invejar quem?

Hoje sejam com filmes, novelas, redes sociais, com internet, temos tanta informação, referência, e nos comparamos tanto, que no fundo tentamos nos localizar, achar nosso número, nossa posição, em meio a tudo isso! Queremos fazer parte de uma família, de uma equipe, de um organização, queremos fazer parte de algo, queremos ter valor? Ter seguidores? Ou queremos ser valorizados, reconhecidos? Curtidos? E o que fazemos para isso?

Como medimos os outros mostra muito como nos medimos!
Como nos cobramos!
Pois preconceitos falam mais sobre quem os tem!
Conceitos errados, distorcidos, ultrapassados.
Julgamos, condenamos, criticamos, outros, talvez por medo de querer ser como o outro, pois somos infelizes com nossa opinião, com nossa posição, com nossas opções! Com o que nos foi imposto culturalmente?
Porque nós cobramos?
Porque nós comparamos tanto?

Descobri que todo trabalho e toda realização surgem da competição que existe entre as pessoas. Mas isso também é absurdo, é correr atrás do vento.
Eclesiastes 4:4 NVI

Infelizmente, em uma sociedade democrática e capitalista, a importância de uma pessoa está em sua popularidade e no seu salário.

Mas o que de fato importa?
Qual o valor de cada pessoa?

Vocês foram comprados por alto preço. 
Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.
1 Coríntios 6:20

No fundo, independente de tudo que disse só isso importa, Deus nós da valor, fomos comprados pelo sangue de seu filho na cruz.
A resposta para tudo é gratidão.
Tenha muita água, ou pouca no copo, ou até nada no copo, pelo menos temos o copo, para encher de gratidão, e assim buscar meios de enxer-lo com amor até transbordar, pra só somos realmente felizes junto a outros, nuca sozinhos.

Deem e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês...”.
Lucas 6:38a NVI
https://bible.com/bible/129/luk.6.38.NVI

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